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sábado, 6 de outubro de 2012

Prostituição e Pornografia

Assuntos ainda tabu, extremamente polêmicos e complexos, que vou ousar abordar em poucas linhas, pois estou atrevido hoje.

Contra tudo isso temos religiosos, feministas da facção yankee-puritana e o status quo (pelo menos em tese) alegando alguns motivos que são reais: exploração, violência e objetificação das mulheres - muito embora boa parte disso exista justamente por culpa da proibição. Quando o álcool era proibido também gerava muito crime e violência, da mesma forma que a proibição das drogas gera hoje. É fato que muitas prostitutas são vítimas, mas da mesma forma como há trabalho escravo em outros ramos, não podemos generalizar e decretar que toda prostituta é vítima e querer ensinar a todas elas sobre a situação delas e o que seria melhor para elas, proibindo-as de exercer uma atividade "para o bem delas". Que arrogante ilusão de onisciência e bondade!

A favor, temos muita gente de vários setores e - novamente - feministas! Sim, muito cuidado com este perigoso rótulo, pois pode significar embasamentos ideológicos e atitudes totalmente opostas! Segundo eles, a proibição é que expõe as mulheres (ponto de vista sensato, mesmo admitindo exceções). Não que a regulamentação vá acabar com abusos mas, como já disse, cortadores de cana, por exemplo, dentre outros trabalhadores regulamentados também os sofrem! Sim, são abusos um tanto diferentes aqueles contra as mulheres e, via de regra, mais degradantes, mas tudo isso pode ser melhorado à luz do dia e sem agenda ideológica moralista. E, por fim, aquilo que todo hipócrita jamais vai admitir: falta sexo no mundo, e as prostitutas cumprem a função social de fornecê-lo a quem não tem, tem pouco ou ruim (quase todo mundo - embora nem todos as procurem).

Um outro ponto muito importante do qual nenhum reacionário simplório se toca: algumas pessoas gostam do que eles não gostam e querem fazer o que eles não gostam. O fato deles não gostarem não os dá o direito de proibir tais coisas, ainda que tenham alguns argumentos válidos (como o da violência e exploração). Tal postura se ilustra bem numa frase dita por algumas feministas do contra, segundo a qual "a prostitução não ofende apenas às prostitutas, mas a mim também" que pode ser refutada em dois pontos simples: é generalizante, e se a ofende, o problema é dela, pois não podemos (ou não deveríamos poder) proibir coisas que simplesmente "nos ofendem"; especialmente quando tais coisas dizem respeito apenas a quem as pratica. O moralismo também me ofende, mas posso proibí-lo? Quanto às empedernidas, fora uma ou outra bem argumentada, eu diria se resumem basicamente a dois tipos: primeiro as simplesmente moralistas e panfletárias que repetem frases. Depois, as castradas que temem que o maridão vá pagar para ter um serviço que elas são incapazes de fornecer - e isso deve apavorá-las.

O fato de eu considerar os argumentos pró-prostituição mais relevantes e sensatos não significa que eu apoie tal ramo de serviços e nem que desaprove. Apenas significa que eu acredito na autodeterminação e nas liberdades individuais - caminho seguido pelas leis dos países culturalmente mais desenvolvidos, liberais, humanistas e democráticos do ocidente. Ir contra tal tendência só pode ser chamado de retrocesso. E essa aliancinha das feministas falofóbicas com a direita religiosa (patriarcal) é por demais infame! Chega a feder.

De pornografia não falei nada, mas vai pelo mesmo caminho, em todos os aspectos e arguentos. Mesma história.

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